sexta-feira, 23 de março de 2012

Poesia

A dor que deveras sente
É a dor que eu devia sentir
Mas não sinto
Porque me guardo
Me conservo
E não me talho
Em retalhos de vida.

O amor que deveras sente
É o amor que eu devia sentir
Mas não sinto
Porque eu me fecho
Eu me travo.
E não me talho
Em retalhos de vida.

A saudade que deveras sente
É a saudade que eu devia sentir
Mas não sinto
Porque eu me acabo
Eu me deito e me devoro
No amor e na dor que deveras sinto
Espalhado, cortado, dividido, estraçalhado
Em retalhos vitais.

Um comentário:

Unknown disse...

Olha! Já ganhei a minha divulgação no Saída de Emergência! kk. Retalhos Vitais já estreou! Poesia ficou legal. Passou a ideia que eu tinha pensado.