quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

02/02/um ano qualquer.

             Era madrugada, dia 2 de fevereiro de um ano qualquer... Sem amigos, sem saída, sem amor.
(Acho que todo mundo devia saber que eu estava naquela situação, porque ninguém queria me ver.) Acho que todo mundo tem o direito de ficar assim um dia, e eles respeitaram meu direito. Mesmo que isso não seja normal. Mas era madrugada, e o fato de ser diadoisde fevereirodeumanoqualquer não me deixava dormir.  Não me deixava penetrar no mundo dos sonhos, não naquele dia, não naquela hora, talvez não naquele lugar, naquela cama, com aquele travesseiro, talvez o lençol, ou o colchão. Talvez porque não tinha ninguém pra me aquecer, (talvez porque você não estava lá), ou quem sabe ainda numa hipótese muito suspeita e muito fácil de acreditar, talvez seja apenas porque era diadoisdefevereirodeumanoqualquer. E não um dia dois de fevereiro qualquer de um ano tranquilamente, vivido por mim. Supostamente, você deve se perguntar por que dia dois de fevereiro não é um dia qualquer pra mim e o ano pra mim não faz a menor importância. Os anos passam sem se importar com o tempo, e o tempo passa sem se importar com os dias, mas os dias passam se importam com os anos e com o tempo, e as mudanças acontecem nos dias, não nos anos. E no dia dois de fevereiro, digamos que mudou muita coisa na minha vida. Bem diziam os que viveram no passado: Os dias, as horas, os minutos, os segundos, os tempos. Guardem suas lágrimas pro final de tudo, é quando valerá à pena chorar. 

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